domingo, 30 de dezembro de 2007
Públio Lentulus
Flor de luz da minha vida
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão!...
Quando eu errava no mundo
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas nas bênçãos dos deuses
Na divina claridade
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque sou tua esperança,
Como és todo o meu amor!
Alma gêmea da minhalma,
Se eu te perder, algum dia,
Serei a escura agonia
Da saudade nos seus véus...
Se um dia me abandonares,
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus"
Saudade
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Piedade
Arte do diálogo.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
"Aos quinze anos, tudo é infinito" - Machado de Assis
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Diferença
Vencedor
Lágrima
Comentário
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Pessoas (de um jeito ou de outro) emblemáticas.
domingo, 16 de dezembro de 2007
Índia, Brasil e Religião.
Chiquinha
O culto da calma
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Luz na linha
domingo, 9 de dezembro de 2007
Bandido: o injustiçado social...
domingo, 25 de novembro de 2007
Desenho animado
Brasil, zil, zil...
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Violência no Brasil
Fenômenos Estranhos - II
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Fenômenos estranhos I
Godines
- Depende da marretada professor!
sábado, 17 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Tempestade
"A poesia é a voz dos sentimentos humanos mais profundos" - Neruda
Ouro que embriaga
Alma desprevenida
Quanto vício, quanta chaga
Quanta vida mal vivida
Metal do puro engano
Da real ilusão
Rendem-te querer profano
Envenenando o coração
E quando vem a morte
De todos a certa sorte
Ai do cobiçoso e egoísta
Mal seu olhar se cerra
Nem bem lhe cobre a terra
Nenhum bem lhe apraz a vista.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
sábado, 13 de outubro de 2007
Mais ensaio de poesia
A tarde se fechou sob um ângulo estéril
Sem brisa e sem crepúsculo
A Terra não moveu qualquer músculo
No império da inquietude na quietude
Em meio às sombras intangíveis.
Nenhuma cólera relampejou
E os pássaros de canto hirtos ficaram
Na revoada que o céu retalha
Sem norte certo, acelerada
E tímida e desconcertada.
Onde as ondas do mar?
Onde os faróis que não pestanejam?
Onde a alegria dos que festejam?
Onde a dor concentrada dos hospitais?
Ninguém sabe onde.
Olhos sôfregos do mundo
O tempo repousa quieto
Nas folhas que o inverno esqueceu
Quem tinha medo não tremeu
Diante das bússolas mortas.
A noite tarda, na tarde infinda
Tarde um dia tão linda...
A luz aureolada dos anjos não vingou
Intumescendo os olhos vagos que vão
Nos vagões da vida que se entregou.
Liras, arpas, violões calados
As canções se perderam
No escuro esquecimento
Das mentes soberbas
Agrilhoadas ao espanto do presente.
Ninguém vê, ninguém oscula, ninguém sente
Pernas caminham, perambulam dementes
Em todo agora vão caminho
Salpicado de diamantes sem luzir
Na ambição agora morta dos homens.
Mas é na rouquidão do pretérito
Que o sonho se acha escondido
Ruminando o desejo da vida
Numa lide indefinida
Que opõe o caos e o sentido.
Ensaiando poesia
A dor reflete no espelho carrancudo
A soma dos milagres que o tempo não fez
Entregues a explosiva mudez
Os símbolos jazem surdos
No véu senil das aranhas.
O tempo fechou-se aos colóquios
E um rosário de medo assoma
Os espíritos inadvertidos
Na louca culpa dos inocentes
Na triste senda dos pervertidos.
Não há qualquer luz ou qualquer sombra
A ruir a morbidez estentórica
Das esquinas ermas do tempo:
Um grito poluído de tormento
È quem dita, ríspido, o destino.
Não vingaram auroras nem crepúsculos
Na trilha vaga, imantada de enigma...
Não há Éden nem Abismo
Nesse caminho perdido
De espaço maleável e tempo fugidio.
Agruras tisnam a corrente do rio
Sob o céu de espelhos invisíveis
Sim! As intempéries intestinas
Não vacilam, só oscilam, de chofre
As erupções loquazes e frêmitas dos homens.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Reflexão sobre o Brasil - Parte II
De quem é a culpa das mazelas existentes no Brasil? Das circunstâncias históricas que forjaram a nossa composição como nação? Em parte sim, não há como desprezar essa variável; mas há bastante tempo que a responsabilidade pelos problemas tupiniquins deixou de ser devida centralmente a isso. A resposta mais adequada aos tempos atuais é a de que a culpa é coletiva. Isso mesmo: todos nós devemos partilhar essa culpa, essa responsabilidade, não importa a posição que tenhamos dentro do tecido social. E ao considerarmos a justeza dessa colocação, nos deparamos com um paradoxo de assombrar: quando a culpa é de todos, parece que é de ninguém. Isso se reflete na indiferença nossa de cada dia às feridas que cotidianamente são abertas no corpo da nossa nação. Nos portamos confortavelmente à frente da TV e, ao nos depararmos com casos escabrosos, ficamos até indignados, bradamos impropérios, xingamos os políticos... mas é só: tudo é de momento. Basta um simples toque no botão off do controle remoto e olvidamos tudo, como num passe de mágica. É como se desligar a TV sepultasse os fatos ignominiosos nos recônditos mais obscuros da nossa memória. O comodismo, infelizmente, é uma das chagas do povo brasileiro, sobretudo no que diz respeito àqueles que possuem mais ilustração e preferem se conservar sentados em suas poltronas aveludadas à envidarem ações práticas contra o que consideram absurdos nacionais. Multiplicam-se tanto aos nossos olhos e ouvidos os fatos repugnantes, que a nação hoje é assolada pelo fenômeno da banalização pela TV. Banalização dos escândalos políticos de corrupção, banalização da violência, banalização da fome, da pobreza, da injustiça, das pessoas morrendo no trânsito ou por falta de atendimento nos hospitais da rede pública. Para grande parte do povo brasileiro, o absurdo e inadmissível se tornou singelamente "comum". Aqui cabe uma reflexão um pouco mais profunda do caso. O que acontece é que aquilo que não é comigo é o que se torna comum. Há verdade nisso. Tanto que quando o fato absurdo recai em desfavor de nós próprios ou de nossos familiares ou amigos mais íntimos, é frequente o uso da expressão: "a gente pensa que isso nunca vai acontecer com a gente".
Reflexão sobre o Brasil - Parte I
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Paulo de Tarso
domingo, 30 de setembro de 2007
Cantando a minha terra
Que transborda de mim?
A própria alma inundada em sonhos
Adejando o plano jardim
Desses campos risonhos.
Sob o manto celeste d’alvuras ponteado
A planagem em verde extendida
É sonho em paisagem edificado
No real mundo da vida.
Ao fundo a paisagem azulada
Faz-se com a terra escarpada
Em quadro de prima de beleza
E ao longe ecoa o grito do vaqueiro
Na terra do Santo Casamenteiro
Dádiva sublime da Natureza!
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Controle externo do Ministério Público
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Agosto se despede
Que patinada...
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Isso é seu, aquilo é meu...
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Burros de carroça.
sábado, 28 de julho de 2007
O amor
quinta-feira, 12 de julho de 2007
O homem é o lobo do homem
domingo, 1 de julho de 2007
Pobre cão
sábado, 30 de junho de 2007
Contrariando os ditos populares
- Saúde não tem preço...mas a medicina tem!
E esse preço não é doce.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
A desconstrução dos adágios.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Uma visão lúcida sobre a polícia brasileira.
19/4/2006 - João Ubaldo Ribeiro
Essa síndrome da terceira pessoa talvez fosse fenômeno merecedor de um estudo sociológico, com perdão da má palavra. Nunca somos nós, sempre são eles. E isso acontece das formas mais surpreendentes. Já saí andando com um amigo ou outro, para pegar o carro dele e nos queixando o tempo todo do comportamento dos motoristas que se julgam, por exemplo, no direito de atropelar quem quer que atravesse a rua com o sinal fechado ou cometa o que ele considere uma imprudência. O amigo diz o diabo dos motoristas até entrar no carro, ocasião em que, instantaneamente, os pedestres deixam de ser nós para serem eles. E, ao volante, faz tudo o que acabava de condenar com tanta veemência. Da mesma forma se comporta quem, quando é cliente, é tratada aos pontapés, e quando é servidor, também trata o cliente aos pontapés.
Com a polícia, o comportamento não é diverso. A polícia são "eles", nunca nós. Não são homens e mulheres nascidos e criados da mesma maneira que outros brasileiros, são "eles". Claro que nunca defendi (e, aliás, não estou defendendo nada, são somente uns pontos de vista que quero expor) a brutalidade, a ineficiência ou a corrupção na polícia, nem tampouco encaro os marginais como gente fina que esta vida cruel levou ao crime, enquanto ignoro as mortes, o sacrifício e o heroísmo de muitos policiais - prática, infelizmente comum, na imprensa e em certos grupos de opinião.
Nos últimos dias, tem havido uma cobertura intensiva do crescente número de policiais mortos simplesmente porque carregam uma carteira funcional, ou vestem um uniforme. Foi polícia, tiro nele. E, porque são "eles", encaramos suas mortes como algo alheio a nós e já ouvi até gente discursando para que se aja assim, porque afinal "essa polícia merece mesmo isso", é o troco que está recebendo por não servir bem ou maltratar o cidadão.
Fico imaginando a vida de um policial honesto e, com toda a certeza, independentemente de alguma vocação, não a quereria para mim ou para ninguém em cujo destino pudesse influenciar. Agora policiais, mal pagos, mal preparados e vergonhosamente equipados convivem, ainda por cima, com a condenação à morte a que estão sujeitos, simplesmente por exercerem a profissão. E não só a condenação deles mesmos, mas também de suas famílias, da mulher aos filhos de colo. Vários deles, num ato impensável em qualquer país civilizado, mandam tirar carteiras de alguma outra profissão, para carregá-las nos bolsos quando estão de folga e assim escapar da "vingança" dos marginais. Outros escondem dos vizinhos e dos próprios filhos sua condição de policial.
E, ao que tudo indica, estamos achando isso tudo normal. Policial é policial, não só "ganha pra isso" como não é gente como nós, não tem medo, não tem fraquezas, não é sujeito a inveja, ressentimento, frustração, neurose ou até estresse. Executivo de multinacional tem estresse, dona-de-casa tem estresse, jornalista tem estresse, mas policial não, é moleza subir morro enfrentando armas de última geração e a hostilidade dos que sofrem com isso. Naturalmente, nada justifica atrocidades, brutalidade, venalidade, cumplicidade com criminosos - o que muitos policiais praticam e continuam praticando. Mas, se está muito longe de justificar, está muitíssimo perto de explicar.
Que queremos na polícia? Santos? No País em que vivemos, somente santos com vocação ao martírio seriam os policiais que desejamos. Temos o direito de querer contar com uma polícia eficiente, atuante e respeitada pela comunidade, assim como temos o direito de exigir (apesar de nunca obtermos) mais ou menos as mesmas coisas de todas as autoridades. Hoje em dia, um policial manda um carro encostar a fim de que alguma suspeita seja verificada e é logo recebido à bala. No entanto, se se aproximasse de nosso carro um policial já de arma na mão, abriríamos um berreiro no jornal, pois cidadão não é criminoso presumido, para ser abordado por um policial de arma em punho.
Verdade, mas que faríamos, no lugar desse policial? Pimenta no dos outros é sempre refresco e conheço gente que responderia - e o que é pior, sinceramente - que, se fosse policial, se comportaria como os americanos dos seriados de tevê. (Descubra o que acontece a um "cop killer", matador de policiais, em Nova Iorque e sua opinião seria um pouco abalada).
Ouso discordar. A maioria de nós que fosse levada à condição de policial agiria até bem pior do que aqueles que critica. Bastariam uns meses, ou nem tanto, convivendo com a corrupção, que vem de cima e de todos os lados, a iniqüidade, a desonestidade de parceiros, a grana curta, a execração da imprensa e do público (e quem é o primeiro a oferecer uma cervejinha ao guarda de trânsito, para ele esquecer a infração, não somos nós? quem chegou primeiro, o ovo ou a galinha?), o medo de morrer ou encontrar a família morta e tanta nojeira e pavor em que o policial é obrigado a chafurdar.
Mas não, nós queremos santos, iguais a nós, povo pacífico, cordato, incorruptível e respeitador da lei. Não temos um plano de segurança pública merecedor desse nome, negligenciamos a polícia, de que só lembramos para criticar, queremos que ela se lixe e também queremos que, em troca disso, seja exemplar. Quer dizer, queremos santidade. Não me considero exceção pessoal. Também tenho medo da polícia e também me horrorizo com muito do que ela faz. Acho que temos uma polícia que pode ser qualificada de ruim ou péssima. Mas também não acho que melhor qualificativo pode ser dado a nós como um todo, com a possível exceção de alguns padres, frades, freiras, pastores ou rabinos.
Chato lembrar, mas a nossa polícia também somos nós, não foi o Diabo que a criou; fomos e continuamos sendo nós.
Ufa!
No último dia 27 de maio fez 146 dias que o ano de 2007 começou. O(a) brasileiro(a) trabalha, em média, 146 dias apenas para pagar impostos. Quanto a estes, estamos desonerados. Agora o Estado não nos é mais credor. Um dos problemas crônicos da nossa nação é a má administração dos impostos que pagamos. A receita deles é muito mal versada, prejudicando, sobremaneira, os mais pobres. E como boa parte dessa dinheirama escorre pelo ralo da corrupção e também por carregarmos sob os nossos ombros o peso de uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, não sejamos invigilantes. É dever de cidadania encontrar meios para efetivamente cobrar a justa aplicação do dinheiro que a Fazenda arrecada para o erário, bem como para fiscalizar tal aplicação. O Estado é nosso credor por 146 dias. Nós somos credores do Estado 365.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Fórmula para vencer as "trevas"
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Hoje é dia...
Da série: "Adesivos em carros".
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Velhos e bons tempos.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Polícia Federal
Hoje é dia...
sábado, 19 de maio de 2007
Um pouco de poesia
sábado, 5 de maio de 2007
O impulsivo Nélson Piquet
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Polícia de galinhas
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