quarta-feira, 2 de maio de 2007

Em caso de dúvida...

Quem nunca se viu às voltas com uma dúvida? As vezes elas são cruéis conosco, porque nos colocam diante de escolhas as quais ainda não estamos preparados para fazer por pairar, sobre o futuro, a sombra da incerteza que envolve as consequências das nossas opções. A poucos é dado o dom de vaticinar com precisão. O restante sofre, ajoelhado diante das dúvidas. A existência de cada um de nós toma a direção de nossas escolhas de vida e suas consequências inevitáveis. Portanto, a perícia ao lidar com as dúvidas é quesito fundamental no aprimoramento que devemos fazer na arte da escolha. O que fazer em caso de dúvida? Algumas pessoas usam exclusivamente a razão. Outras, somente o coração, guiadas misteriosamente pela intuição. Não seria melhor equilibrar esses aspectos na balança da consciência, para que ela aponte a solução da dúvida? Irrefutável a relevância do uso da razão quando desafiamos a dúvida, mas parece sensato crer que sua utilização não excluí necessariamente o uso do coração. Nesse particular, cumpre-nos lembrar Baltasar Gracián, pensador de Espanha, que no século XVII aduziu, muito acertadamente, que o coração "é o oráculo caseiro".

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