Inércia
A tarde se fechou sob um ângulo estéril
Sem brisa e sem crepúsculo
A Terra não moveu qualquer músculo
No império da inquietude na quietude
Em meio às sombras intangíveis.
Nenhuma cólera relampejou
E os pássaros de canto hirtos ficaram
Na revoada que o céu retalha
Sem norte certo, acelerada
E tímida e desconcertada.
Onde as ondas do mar?
Onde os faróis que não pestanejam?
Onde a alegria dos que festejam?
Onde a dor concentrada dos hospitais?
Ninguém sabe onde.
Olhos sôfregos do mundo
O tempo repousa quieto
Nas folhas que o inverno esqueceu
Quem tinha medo não tremeu
Diante das bússolas mortas.
A noite tarda, na tarde infinda
Tarde um dia tão linda...
A luz aureolada dos anjos não vingou
Intumescendo os olhos vagos que vão
Nos vagões da vida que se entregou.
Liras, arpas, violões calados
As canções se perderam
No escuro esquecimento
Das mentes soberbas
Agrilhoadas ao espanto do presente.
Ninguém vê, ninguém oscula, ninguém sente
Pernas caminham, perambulam dementes
Em todo agora vão caminho
Salpicado de diamantes sem luzir
Na ambição agora morta dos homens.
Mas é na rouquidão do pretérito
Que o sonho se acha escondido
Ruminando o desejo da vida
Numa lide indefinida
Que opõe o caos e o sentido.
A tarde se fechou sob um ângulo estéril
Sem brisa e sem crepúsculo
A Terra não moveu qualquer músculo
No império da inquietude na quietude
Em meio às sombras intangíveis.
Nenhuma cólera relampejou
E os pássaros de canto hirtos ficaram
Na revoada que o céu retalha
Sem norte certo, acelerada
E tímida e desconcertada.
Onde as ondas do mar?
Onde os faróis que não pestanejam?
Onde a alegria dos que festejam?
Onde a dor concentrada dos hospitais?
Ninguém sabe onde.
Olhos sôfregos do mundo
O tempo repousa quieto
Nas folhas que o inverno esqueceu
Quem tinha medo não tremeu
Diante das bússolas mortas.
A noite tarda, na tarde infinda
Tarde um dia tão linda...
A luz aureolada dos anjos não vingou
Intumescendo os olhos vagos que vão
Nos vagões da vida que se entregou.
Liras, arpas, violões calados
As canções se perderam
No escuro esquecimento
Das mentes soberbas
Agrilhoadas ao espanto do presente.
Ninguém vê, ninguém oscula, ninguém sente
Pernas caminham, perambulam dementes
Em todo agora vão caminho
Salpicado de diamantes sem luzir
Na ambição agora morta dos homens.
Mas é na rouquidão do pretérito
Que o sonho se acha escondido
Ruminando o desejo da vida
Numa lide indefinida
Que opõe o caos e o sentido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário