Respeito quem não acredita na existência de Deus. Todavia, fico a me indagar gravemente das motivações que podem conduzir alguém a esse juízo equivocado. A mim me parece tão clara a existência de Deus, que se me afigura propriamente como idéia inata e supra religiosa. Exumando o passado, recordo que certa feita um colega do curso de Direito, ateu, me perguntou como é que eu podia crer em algo assim. Rodeando o banco onde estávamos sentados havia um jardim adornado por flores amarelas. Antes de responder ao acadêmico, inclinei-me para o jardim e tomei de uma delas na mão. Intercalando o olhar entre o meu colega e a flor, disse-lhe que com o simples fato de vislumbrá-la, conseguia alcançar com segurança, em minha intimidade, a idéia da existência divina. Nada mais bastava: olhando para aquela flor, aquele pequeno sorriso de ouro do jardim, para mim estava clara a existência de Deus. Meu colega não disse mais nada. Não sei o que aquela resposta produziu ou deixou de produzir no campo de seus pensamentos. Lembro apenas que a sua mudez foi a expressão tácita que nos levou naturalmente a entabular a conversa pelas vias de outro tema, que não aquele. Mas a idéia da existência de Deus deve ser temática sempre presente. Deus não merece ficar esquecido e lembrado apenas de urgência, quando se trata de suplicar a Sua ajuda em prol da gente. Dessa feita, quando a oportunidade é azada, não perco a chance de dizer aos meus alunos da existência de Deus e de que é mais simples do que se cogita chegar às provas que alicerçam esse posicionamento. Esse processo não reclama o consurso do rigor frio dos cálculos matemáticos nem muito menos outras abstrações de elevada complexidade. Peço aos meus aprendizes que tomem de uma caneta entre as mãos e levo-os a admitir, por si próprios, que aquele instrumento de escrita, antes de existir no mundo material, existiu no mundo das idéias, ou seja, na órbita imaterial, no pensamento de seu criador que, ao concebê-la, teceu no campo imaginário cada uma das características que lhe assinalam as formas. Do mesmo jeito não fez Deus com relação a tudo que existe? Tudo que é, antes de ser no campo físico, existiu no pensamento Dele, inclusive aquela florzinha amarela que, em dias recuados, arranquei do jardim da universidade para poder opinar ao meu colega sobre a existência divina. Depois de assim explicar aos estudantes, vejo que o semblante geral da assembléia denota a concordância com aquelas explicações e, portanto, que os meus alunos passam a conceber, pelas vias da simplicidade, a idéia da existência de Deus. A mim, a florzinha amarela basta, sem precisar lembrar do céu, dos astros, da grandeza do universo sem fim...
Um comentário:
Concordo com vc, DEUS existe! E pense q é uma Bióloga falando isso, que acha o Darwin (Charles) interessante e que muitas vezes foi bebê-lo na fonte. Acredito na Teoria da Evolução da qual Darwin é o principal precurssor, mas sobretudo acredito que DEUS o iluminou nos seus achados , na lógica de seus estudos, pq somente DEUS municia o homem de indagações, mesmo que eles não sintam aí a presença da Santíssima Trindade.
Bjusss.
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