sábado, 26 de janeiro de 2008

Um menino!

E hão de chamá-lo Luís Eduardo, nome que nos aprouve dar a mais um rebento nosso que ao mundo vem para continuar, de alguma forma, a nossa existência. Foi recebida com singular contentamento essa nova: pais de um casal! Minha filha, que assistiu a realização do exame de ultrassonografia, estampou um sorriso espontâneo na face meiga e angelical, ao saber do sexo do bebê, e a impressão que tive foi de que ela iria alçar vôo na saída do consultório, pois o deixou aos pulos: as boas notícias têm essa faculdade junto às crianças, já observou? Eu não pulei, mas a minha alma, essa pululava dentro da carcaça. Admitia com naturalidade a possibilidade de ser pai de um menino ou de uma menina: "Tanto faz, que venha é com saúde", repetia eu a minha esposa, sempre que indagado a respeito do assunto. Entretanto, mesmo falando a verdade, mesmo sendo esse o meu desejo sincero, havia uma pontinha do meu sentimento que interpreto como torcida pelo advento de um menino ao meu regaço de pai. Agora, é continuar cuidando da mulher, que me carrega um tesouro de valor afetivo ímpar e aguardar a chegada do garoto, com quem ei de reeditar os melhores lances de minha infância, já que vive em mim ainda, pra quem não sabe, o menino que nunca deixei nem nunca deixarei de ser.

Nenhum comentário: