Li com surpresa feliz a notícia de que neste feriado de Santa Santa não houve nenhum acidente com vítimas fatais nas estradas federais piauienses. Folguei em saber. Todavia, fora das rodovias federais mais um crime hediondo foi cometido na Chapada do Corisco. Um homem foi morto com um tiro na cabeça, mesmo não tendo reagido a uma tentativa de roubo. Detalhe: o homicida estava em liberdade condicional. Isso me inquieta profundamente. Não sou amigo, parente nem conhecido da vítima, mas não tenho como não estar de luto: pelo morto, em particular e pela nossa sociedade, em geral, que frequentemente se vê diante de notícias tristes como essa. Não é porque a criminalidade e a violência são expostas a todo o tempo na TV - tornando-se, com isso, banalizadas - que eu vá perder a minha capacidade de indignação com fatos como esse. Não devemos ter as vítimas fatais da criminalidade na conta de anônimos: são pessoas e, como tal, têm família, sonhos, projetos, esperanças... assim como nós. Já passou da hora de se criar mecanismos eficazes para o controle efetivo da taxa de criminalidade no país e isso envolve estudos profundos das causas e modos de contenção dessas taxas, com ações eficazes do poder público, investimentos e a coragem de se implementar mudanças nos dispositivos penal e processual penal. Há que se dotar o Judiciário de melhor estrutura, afim de que cumpra bem sua competência funcional. Há que se por cobro a essa tsunami de criminalidade que deixa víuvas e órfãos, lágrimas e solidão, dor e revolta, numa rastro execrável tingido de sangue.
Um comentário:
Estamos rodeados de crueldades...
Salve-se quem puder!
Abraço!
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