terça-feira, 4 de março de 2008

Ponderações sobre a busca do conhecimento da Verdade

Há uma Verdade maior, que está na gênese da organização, do sentido e da finalidade de tudo o que há. Há uma tendência, guardada nos recônditos da alma de cada ser humano, a qual nos movimenta em direção ao conhecimento dessa Verdade, que é absoluta por si só e que a tudo abarca e o tudo, a meu ver, é a composição infinita dos elementos das realidades perceptíveis e imperceptíveis, materiais e imateriais. Em alguns Homo sapiens moderno, essa tendência em buscar o conhecimento da Verdade jaz estacionada. Em outros, encontra-se em pleno movimento. Os derradeiros os defino como iniciados, havendo graus vários de iniciação.
É de se supor - e a nossa intimidade nos fornece os elementos que não são meras impressões ou representações de idéias pré-concebidas - que a organização do universo com tudo o que o faz universo, não é obra do acaso ou do caos. É o universo concebido e fundamentado por meio de uma hiperinteligência. Hiperinteligência porque não há nenhuma outra inteligência que a rivalize ou que ao menos seja comparável em algum dos seus aspectos delineadores com ela, a suprema inteligência, não acessível em sua essência constituinte aos mecanismos de compreensão da limitada racionalidade humana; inteligência indízivel.
Nos seres humanos onde jaz em estado de apatia a tendência para o conhecimento da Verdade por trás da organização do universo, é de se notar uma preocupação direcionada mais aos aspectos materiais e imediatos da vida do que aos aspectos metafísicos. O mediato é desprezado. O destino do ser e os propósitos de sua existência no universo são questionamentos ignorados do ponto de vista da investigação filosófica individual. Muitos promovem uma busca de respostas estimulada, todavia adstrita e fomentada por alguns sistemas religiosos de massa, cuja fundamentação dos princípios, considerando o seu processo constitutivo e as bases sobre as quais se assenta a sua manutenção, não sói como o resultado de uma elaboração fundamentada nas vigas do pensamento racional e filosófico. São religiões que não se sustentam - a não ser pela fé cega - quando encaram de frente um exame racional mais acurado.
Sim. Pode a religião, admitida aqui como veículo de busca do conhecimento da Verdade real, emburtir-se de elementos racionais na composição de sua estrutura conceitualísca. Um novo termo - que não religião - soaria melhor para designar esses sistemas, também religiosos, mas que contém, essencialmente, elementos de filosofia e de ciência. Há sistemas tais disponíveis para análise. A lógica aponta para as suas convergências.

Um comentário:

Manuella Castro disse...

Não sabes como fico feliz também em saber que tenho leitores para meus desabafos e que apreciam da leitura.

:D
Amigo sim, porque é aquele que a gente se identifica com alguma coisa boa!
Felicidades sempre!