sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Vinte e nove

Num dos dias de fevereiro é que aniversario os meus 29 anos de idade. Vinte e nove... Quantos dias ficaram para trás enquanto eu venho sobrevivendo todos esses anos... Não apenas dias com sol e lua, mas com todos os aspectos relevantes que eles para mim encerraram, cada qual com suas 24 horas. De quantos dias ainda darei testemunho? Ninguém tem essa resposta, salvo Deus. O que posso responder com certeza é que um dia irei "estudar a geologia dos campos eternos", como bem eufemiza Machado de Assis. Mas de uns tempos pra cá, a idéia da morte não me angustia tanto quanto antes. Outro dia explico o porquê disso, já adiantando que o farei sem qualquer intento proselitista. Por ora, assevero apenas que, quando menino, pensava na morte como o nada, o fim absoluto; e o meu peito se comprimia de medo; hoje, já assimilo um pouco melhor o significado desse evento que, dentre todos os da vida, é um dos poucos dos quais nossa razão porta certeza irrefutável. Na data em que faço aniversário, os momentos que aproveito com mais significado são aqueles em que agradeço à "Inteligência Suprema e Causa Primeira de todas as coisas" por mais um ano de vida; os minutos dedicados a reflexão sobre o que ando fazendo de mim por todos esses anos e em que preciso mudar para me tornar melhor; e os instantes de contato com os amigos e suas congratulações. No mais, é para mim um dia como qualquer outro. Não me sinto velho por ocasião dessa data. Me sinto precisamente como o vinho de uma garrafa.

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