Quando vejo um cientista ou intelectual, encastelado no frágil abrigo da sua intelectualidade de ser cuja identidade cromossômica é apenas 0,2% dessemelhante da de um chimpanzé, defendendo e pregando o ateísmo, consigo entender como o ser humano pode ser presunçoso quando supõe que os conhecimentos que possui o autorizam a crer, racionalmente, na inexistência de Deus. Olvidam Shakespeare que, em Hamlet, nos lega à racionalidade prudente advertência, ao sentenciar que: "Há, entre o céu e a Terra, mais mistérios do que sonha a nossa vã filosofia".
E quando tais pessoas defendem a impossibilidade absoluta de compatibilização entre essas duas vigas mestras de sustenção do entendimento humano e natural, é porque estão examinando a questão do ponto de vista exclusivo daquilo que defendem: defesa cega, intolerante e, porque não dizer, apaixonada.
O que vislumbro para o futuro é o enlace inevitável entre esses dois institutos, o que se debuxa já nos dias hodiernos, de modo que serão complementares entre si até que se tornem um só instituto.
Apenas uma inteligência limitada é capaz de ser hermética quanto à admissibilidade de existência de uma inteligência superior, eterna e imutável, de onde provém tudo o que existe.
Recentemente assisti, numa aula num curso de atualização em ciências criminais que estou fazendo, nosso orientador, sociólogo e ateu, debater com uma colega, religiosa, sobre a existência de Deus. Depois de asseverar, através de alguns argumentos, que Deus não existe porque a sua existência não pode ser comprovada por meios científicos, ele arrematou, verborragicamente:
- Deus não existe! Ou você já viu esse cara?!
Professor, eu nunca vi meu pensamento, mas sei que ele existe...
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