Sempre contemplei os acontecimentos da vida com certa naturalidade, desde os mais simples até os mais impactantes, como a morte. Nesse sentido, poderiam me considerar taoísta. O Taoísmo, corrente religiosa da tradição chinesa, adversária do Confucionismo na cultura religiosa do mundo oriental, surgiu a partir das pregações de Lao-tsé (que em português significa "Velho Mestre"), que teria vivido entre 604 e 531 a.C. Sua sabedoria está condensada em seu livro "Tao Te Ching". Sua doutrina possuí um intenso conteúdo místico. Sempre tive um lado místico. Comprava aquelas revistinhas que ensinavam a jogar cartas de baralho, outras que ensinavam "simpatias" e já até ensaiei tarô. Isso foi na minha adolescência. Talvez possa interpretar tais condutas como manifestações de uma espiritualidade florescente, que não sabia muito bem como direcionar. Estudando os ensinamentos de Lao-tsé, cheguei à descoberta de que muitas de minhas condutas de pensamento coincidem como o que preceitua o Taoísmo. Ao renunciar, muitas vezes, a atos de minha vontade...Ao ignorar o meu sucesso ou a minha desgraça...Ao contemplar o curso natural das coisas, mas me preocupando com a conveniência do momento de agir ou de me abster de fazer algo...enfim, ao aderir placidamente ao ritmo da vida, pude observar que tenho muito mais de Lao-tsé em mim do que algum dia supus imaginar.
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