sábado, 18 de outubro de 2008

Esse mundo em que vivemos é mesmo - e infelizmente - o palco obscuro de muitos dramas. Todos os dias nos deparamos com notícias ruins que inspiram tristeza. Violências e injustiças de toda sorte ocorrem continuamente em todos os lugares e de forma democrática. Difícil é não conhecer alguém que nunca tenha sofrido as consequências de uma violência ou de uma injustiça, as quais vemos chegar cada vez mais perto de nós.
Diante desse quadro, uns ficam perplexos enquanto outros, indiferentes. Esse último comportamento pode ser explicado, dentre outras causas, pela ultraexposição desses casos nos meios de comunicação: ao se depararem frequentemente com ocorrências dessa natureza, as pessoas vão perdendo a capacidade de indignação. Os que ficam perplexos indagam: por quê?
A
resposta a esse questionamento envolve muitas causas interrelacionadas. Abstendo-se da menção aos fatores econômicos, políticos e sociais gerais que também concorrem como determinantes na construção desse panorama preocupante, peço permissão para me deter numa breve análise do comportamento humano individual. Afinal de contas, no que pese a densidade das variáveis sócio-político-econômicas, o ser humano individual, tomado subjetivamente, é o primeiro responsável por suas ações, já que possui livre-arbítrio.
Por que o homem não usa o seu livre-arbítrio para o bem? Por que ele comete injustiças e violência contra o seu semelhante? Uma prudente linha de respostas a essas indagações pode ser traçada fazendo-se menção ao fato de o homem poder ser considerado um animal com instintos, impulsos, desejos menos felizes. Quero dizer que o homem, infelizmente, ainda não se deixa governar pela razão, muito embora tenha plena capacidade para tal. Para nosso lamento, não pudemos constatar, ainda, o pleno amadurecimento da racionalidade humana, ainda que passados quase três séculos do movimento iluminista irradiado a partir da França.
Somente quando o homem se deixar governar efetivamente pela razão é que teremos um mundo com menos injustiças e violências. Por essa época, o homem terá atingido a autoconsciência e, portanto, um domínio mais pleno no campo das ações que leva a efeito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Profunda sua postagem... mas o ser humano, é assim mesmo, esse ser imperfeito, maluco, incompreendiido e incompreensível...
Obrigada pela visita
e
volte sempre!

Ananda Sampaio disse...

oi..Não adianta vivemos num caos...
n sei dizer se silencioso ou disfarçado, o certo é que vivemos.Embora não queiramos dar o braço a torcer!
E aí pensamos: Recorrer a quem?
=*
obrigada pela visita!