Estou revendo as minhas posições sobre a democracia, tentando abstrair a essência verdadeira desse insituto hoje quase sagrado. Sim: a democracia é para a política o que a religião é para os crentes. Todavia, a única forma de chegar a Deus é pela estrada da religião? É certo que a democracia não é, nem de longe, a única maneira de se atingir o estado de bem-estar social, realizando as finalidades da felicidade humana. Contudo, seria a melhor das maneiras? A mais célere e eficaz? Seria a que deixaria o menor rastro de dor, sangue e sofrimento pela história de uma nação? E antes que a minha atitude de levantar tais questionamentos possa causar espanto em alguém, quero dizer que ela não é sacrílega e que eu não vendo heresias. Tal atitude constitui, antes, uma tipicidade do próprio sistema democrático: a da liberdade. Aqui, outras questões emergem inevitavelmente: há um conceito universal de liberdade? Qual a real extensão do significado da liberdade numa democracia? Existe liberdade em algum outro sistema que não seja o democrático? Em que ela se diferencia da liberdade democrática? Vou seguir pensando...
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