É muito comum malsinar os fatos e reprovar as outras pessoas antes de qualquer exame sério das situações que se apresentam. Parece haver uma espécie de complexo emocional que distancia da realidade quem assim age, dilatando o desentendimento e diminuindo a abrangência do círculo de suas boas relações.
É hábito de muitas pessoas apontar seus olhares perversamente críticos sobre acontecimentos que envolvem seus semelhantes e dispararem palavras dispensáveis, numa verdadeira e estéril verborragia. Podemos facilmente identificar, entre os que envidam essa atitude menos feliz, aqueles que se reputam como salvadores mas que, em verdade, se submetidos a situação a que se referem, no exato lugar das pessoas que criticam, fariam do mesmo jeito, senão pior. A opinião popular geralmente se movimenta através de impulsos desenfreados. Mas, por que as condenações apressadas? Por que tanta crítica destrutiva? No tumulto da vida, atitude salutar é a de quem tem prudência no exame de qualquer situação e o faz com imparcialidade: esse é o caminho mais reto que nos conduz a integração com o propósito de busca do esclarecimento. Além disso, não há nenhum mal em procurar reter o bem nas situações que nos são postas ao crivo.