Abaixo, o poema publicado no perfil de Ana Carolina de Oliveira no Orkut. Forte e resignada, a mãe da menina Isabella se constitui hoje um referencial para o povo brasileiro.
“A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”
2 comentários:
Fiquei fão dessa moça.
Pôxa, querido Hércules! Estou emocionada...e também penso assim, nada aconteceu no plano superior, a dor essa sim está num plano terreno. A Isabella, assim como muitos outros infelizmente, que tiveram suas vidas arrancadas, esperam por aqueles q amam e que um dia verão, sem sombra de dúvida, nada termina aqui!
Abraço fraternal.
Postar um comentário